O que Ovomaltine tem a ver com cerveja?

Os dois produtos fazem parte da mesma “árvore genealógica”. Um dos
achocolatados mais venerados do mundo teve sua origem muito próxima ao processo
de fabricação da cerveja.

Como assim?
No final do século XIX, o químico suíço Georg Wander
pretendia desenvolver um suplemento alimentar que ajudaria no combate à
desnutrição e deu início aos testes de um produto que se tornaria o famoso
Ovomaltine (ou Ovaltine, na Inglaterra).
O químico suíço Georg Wander inventou um processo para extrair uma
calda nutritiva de cevada maltada
, do mesmo tipo usado para fazer cerveja.  Após deixar a cevada germinar em um ambiente
úmido, ele aspirava o grão amolecido para depois desidratá-lo, separando uma
gosma grossa e doce. Wander acreditava que seu extrato
de malte fosse uma possível solução para o flagelo da desnutrição, ou pelo menos um
complemento saudável para uma dieta regular.
Talvez sim, mas…


Ninguém queria comer a tal papa do Dr.
Wander!
Foi então que seu filho Albert, em 1904, admitiu de vez que a receita
não seria viável como suplemento e mostrou que “jeitinho brasileiro” existe lá na Suíça também: misturou o extrato de malte com açúcar, soro
de leite, extrato de beterraba, tacou ovo e rezou pras pessoas tentarem pelo menos experimentar. Albert comercializou o seu produto na forma
de pó e chamou-lhe “Ovomaltine”, dos ovos (em latim, ovo) e malte que
continha.
Depois do “– Se não aguenta, bebe leite“, já pode separar a versão do trocadilho para os parceiros homebrewers: 
– Não sabe fazer, inventa ovomaltine!
Um agradecimento ao Anderson Senne que trouxe esse assunto pra mesa do bar

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