Na Teoria: Stout

Por Amanda Henriques



[Parcerias do Cervejando]



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Então vamos nos aprofundar um pouquinho nesse estilo associado à cervejas fortes, primeiro explorando essa ideia. As história das Stout se mistura a de outro estilo chamado Porter. As Porters nasceram entre os séculos XVIII e XIX a partir da necessidade de uma cerveja mais forte e nutritiva. Na época, os trabalhadores braçais e estivadores londrinos misturavam diferentes tipos de cerveja para conseguir uma mais alcoólica e escura. As Stout eram a denominação das cervejas mais fortes desse estilo. As ‘Stout Porter’ só vieram a se tornar um estilo separado depois do surgimento da Guinness a partir do século XIX.

Hoje esse estilo possui seis subestilos de cervejas escuras e amargas.

Dry Stout [13A]
Teor alcoólico: 4% a 5%
Amargor (0-120): de 30 a 45


São cervejas quase pretas e cremosas, uma especialidade da Irlanda. Elas não são muito alcoólicas e seu aroma tem nuances de chocolate e cacau devido à cevada torrada. Esses cereais não-maltados torrados combinados ao lúpulo provocam uma sensação ‘macia’ ao gole. O final pode ser levemente seco.

A Guinness é uma Dry Stout

Sweet Stout ou Cream Stout [13B]
Teor alcoólico: 4% a 6%
Amargor (0-120): de 20 a 40


As Sweet Stout nasceram da percepção de um fabricante: nem todas as pessoas gostavam do sabor amargo das cervejas. Foi então que ele teve a ideia de adicionar lactose à cerveja fazendo com que ela ficasse mais docinha. Por isso, elas passaram a se chamar “Milk Stout” ou “Cream Stout”, o que provocava uma certa confusão, pois as pessoas viam a cerveja como uma espécie de fortificante. O termo foi proibido. Até hoje, as Sweet Stout podem levar um pouco de lactose para adicionar uma leve doçura. No geral, são cervejas cremosas, escuras, mais doces, que lembram café expresso com açúcar.

Exemplo de Sweet Stout



Oatmeal Stout [13C]
Teor alcoólico: 4,2% a 5,9%
Amargor (0-120): de 25 a 40


É uma variação sazonal inglesa das Sweet Stout. Seu dulçor vai ficar entre a Dry Stout e a Sweet Stout. No lugar da lactose, a cerveja vai contar com aveia na hora de definir o quão doce e complexa é. Essa aveia pode complementar o sabor quando em pequenas quantidades ou deixar quase uma sensação oleosa em muitas quantidades. Ela é bem escura e encorpada com espuma cremosa.

Samuel Smith Oatmeal Stout é um exemplo de Stout de aveia

Foreign Extra Stout [13D]
Teor alcoólico: 5,5% a 8%
Amargor (0-120): de 30 a 70


É como uma Dry Stout ou Sweet Stout mais forte e escura, mas sem os lúpulos de finalização. Ela é chamada também de Tropical Stout. As cervejas produzidas em países tropicais são mais suaves e menos amargas do que as versões europeias de exportação. Elas podem ter aroma frutado e podem ser muito doces.

Foreign Extra Stout

American Stout [13E]
Teor alcoólico: 5% a 7%
Amargor (0-120): de 35 a 75


Mais amargas, maltadas e torradas. As Stouts Americanas já apresentam alta lupulagem. Seu sabor já ressalta o amargo e pode estar combinado de chocolate e café. O malte torrado sobressai muito no aroma e elas podem ter um sabor (que não deve ser o principal) de café queimado. Você sente o álcool moderadamente.

American Stout

Russian Imperial Stout [13F]
Teor alcoólico: 8% a 12%
Amargor (0-120): de 50 a 90


São os exemplares mais fortes e lupulados das Stout. O nome descende da produção inglesa para exportação aos países colonizados pelo Império Britânico. Possuem uma riqueza de aromas frutados e uma sensação aveludada ao gole. Muito intensas.

O estilo Stout é simplesmente incrível e capaz de revolucionar a forma como você toma cerveja. Você pode experimentar combinar com sobremesas, ou fazer da Stout a sua própria sobremesa. Vou deixar aqui uma invencionice do Anderson Senne que você pode experimentar em casa: copinhos de chocolate com Stout.
Até o próximo episódio e estilo do Cervejando!

3 comentários para “Na Teoria: Stout

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